historia concisa
2- Os constituintes queriam que o imperador não tivesse o poder de dissolver a futura câmara dos deputados, queriam também que ele não tivesse o poder de veto absoluto. Para D. Pedro I e o círculo de políticos que o apoiavam, era necessário criar um executivo forte, capaz de enfrentar as tendências “democráticas e desagregadoras”, justificando-se assim a concentração de maiores atribuições nas mãos do imperador. A disputa entro poderes acabou resultando na dissolução da assembleia constituinte, foram presos vários deputados. Logo cuidou-se para elaborar um projeto de constituição que resultou no texto de 1824.
3- O processo eleitoral destinava-se a eleger uma lista tríplice em cada província, cabendo ao imperador escolher um dos três nomes eleitos. O voto era indireto e censitário. Indireto porque os voantes, correspondentes hoje a massa dos eleitores, votavam em um corpo eleitoral, nas eleições chamadas de primárias. O corpo eleitoral elegia os deputados. Pelo princípio do voto censitário, votavam nas eleições primarias os cidadãos Brasileiros que tivessem renda anual de pelo menos 100 mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego.
4- Os atos de D. Pedro I, dissolvendo a constituinte e decretando uma constituição, simbolizaram o predomínio do imperador, dos burocratas e comerciantes, muitos deles portugueses, que faziam parte do círculo dos íntimos. Em Pernambuco, os atos puseram senha na fogueira que, desde 1817 e mesmo antes não deixou de arder, com isso a propagação das ideias republicanas, antiportuguesas e federativas ganhou ímpeto.
5- Os gastos militares vinham agravar os problemas econômico-financeiros já existentes. O volume físico de alguns produtores de exportação, como café, aumentou consideravelmente ao longo da década de 1820. As rendas do governo central, dependentes em grande medida do imposto sobre as importações, eram insuficientes. O banco