Historia antiga fichamento
-Riqueza e trabalho
O mundo de Ulisses era pequeno em população. Não existem nem estatísticas nem meios para fazer suposições válidas, mas as estações arqueológicas de cerca de dois hectares, assim como o que conhecemos dos séculos posteriores, não deixam nenhuma duvida sobre o fato de que a extensão demográfica de cada comunidade não devia exceder quatro algarismos e amiúde mesmo três; os números adiantados nos poemas quer se trate de navios, de bandos de escravos ou de nobres, são imaginários e pecam sempre por exagero. (pág. 49)
Ulisses é apresentado com o rei dos cefalónios, que habitam três ilhas vizinhas do mar Jônio, Cefalónia, Ítaca e Zacinto, assim como duas regiões pertencendo aparentemente ao continente próximo. (pág. 49)
A vida retomou seu curso normal com a destruição de Tróia e o grande regresso dos heróis a suas casas. Os reis mortos foram substituídos; alguns, como Agamêmnon, depararam ao regressar com usurpadores e assassinos; os outros recuperaram o poder e seus cargos.
Ulisses ofendera o deus Poseidon, e teve por isso de errar de um lado para outro durante dez anos antes de encontrar, graças à intervenção de Atena, a salvação e o direito regressar a Ìtaca. Ninguém na Hélade sabia se ele estava morto ou vivo. Esta incerteza serve de base para o segundo tema do poema, a história dos pretendentes.
Não menos de 108 nobres faziam segundo o poeta corte a Penélope.Excetuando o fato de eles continuarem a dormir em suas próprias habitações, os pretendentes tinham literalmente tomado posse da casa de Ulisses, comendo bem e bebendo até a saciedade das vastas reservas deste.(pág. 50)
Uma profunda clivagem horizontal marcava o mundo dos poemas homéricos. Acima da linha divisória, os aristoi, literalmente “os melhores”, nobres hereditários, que possuíam a maior parte das riquezas e todo o poder, em tempo de paz como em tempo de guerra. Abaixo, se encontrava todos os outros, a multidão que nenhum termo técnico definia