Historia 12
O intervencionismo do Estado É neste contexto de receio de uma contaminação totalitária que deve ser encarado o intervencionismo dos Estados demoliberais na economia e na área social nesta década, intervenção, em circunstâncias normais, repudiada pela ideologia liberal. Os EUA colocaram-se na linha de frente com a eleição de Roosevelt, candidato democrata à presidência dos EUA. Este propõe um plano, o New Deal para ultrapassar a crise. Este plano, composto por duas fases e aplicado entre 1932 e 1937, estabelece as áreas de intervenção do Estado na economia e a sociedade, e os prazos para a sua aplicação. Entre as principais medidas sociais do plano, copiadas por outros países, estão o combate ao desemprego, e o estabelecimento de bases da segurança social americana, com a instituição de um seguro de velhice e um seguro de desemprego. Milhares de americanos sem trabalho são empregues pelo Estado, que assim procura tirar as pessoas do abismo em que tinham caído, relançando o consumo e, por arrasto, a economia. Para além disso, regulamenta-se o horário de trabalho, instituindo um máximo de 36 horas semanais. O objetivo é a diminuição da elevadíssima taxa de desemprego verificada (25%). Dentro da mesma ótica de recuperação humanista da economia, é estabelecido um salario mínimo. De entre as medidas económicas destacam-se os grandes investimentos feitos pelo Estado em obras públicas, vindo este a substituir-se, temporariamente, à iniciativa privada, paralisada pela falta de capitais ou pelo medo em investir. E na década de 30 que se constroem, nos EUA, as grandes vias interestaduais e outras obras públicas cujos objetivos são claros – conter a crise e, contendo-a, mostrar à população que a alternativa à crise não passa pelo abandono da democracia.
Os Governos da Frente Popular e a mobilização dos cidadãos
Inicialmente, a subida dos governos autoritários de índole fascista ao poder em vários países da Europa não