IMPLANTAÇÃO A implantação ou nidação compreende a adesão do embrião às células do epitélio endometrial seguida pela penetração do embrião na mucosa uterina. Este tipo de implantação é chamado de intersticial e acontece em humanos e em alguns outros mamíferos. A implantação do blastócito se inicia no fim da primeira semana, começando ao redor do sétimo dia, e em torno do nono dia após a ovulação o embrião está totalmente imerso no endométrio, do qual receberá proteção e nutrição durante a gravidez. O sinciciotrofoblasto erosivo, que é uma camada externa constituindo uma massa protoplasmática multinucleada que se expande rapidamente formada pela fusão de células, invade o tecido conjuntivo endometrial, que sustenta os capilares uterinos e as glândulas. À medida que isso ocorre, o blastócito vagarosamente se aprofunda no endométrio. As células sinciciotrofoblásticas deslocam as células endometriais na parte central do sítio de implantação. As células endometriais sofrem apoptose (morte celular programada), o que facilita a invasão. As enzimas proteolíticas produzidas pelo sinciciotrofoblasto estão envolvidas nesse processo. As células do tecido conjuntivo em torno do sítio de implantação acumulam glicogênio e lipídios, assumindo um aspecto poliédrico. Algumas dessas células (células deciduais) degeneram adjacentes à região de penetração do sinciciotrofoblasto. O sinciciotrofoblasto engloba essas células em degeneração que fornecem uma rica fonte para a nutrição embrionária. A implantação do blastócito completa-se durante a segunda semana do desenvolvimento embrionário. À medida que esse processo prossegue, ocorrem no embrioblasto mudanças que produzem um disco embrionário bilaminar composto de duas camadas, epiblasto e hipoblasto. O disco embrionário origina as camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do embrião. As estruturas extra-embrionárias que se formam durante a segunda semana são a cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino, o