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A mulher no mundo do trabalho

A mulher sempre trabalhou, porém suas funções não eram valorizadas, já que o trabalho doméstico não tinha importância alguma. Como afirma Perrot (2005), mulheres sempre trabalharam, mas nem sempre exerceram profissões. Assim Criou-se a falsa ideia de que mulher e trabalho são elementos que não se articulavam.
No século XIX, com a revolução industrial, guerras e migrações surgiu a necessidade da mulher entrar no mercado de trabalho. Porém, predominava uma ideia de trabalho feminino muito associado à de luta pela sobrevivência, e não com o objetivo de se emanciparem, mas que, com o avançar do tempo, foi aumentando e atraindo outras camadas sociais, além de ir aparecendo outras razões para o seu desempenho. O desenvolvimento de novas tecnologias e a expansão de órgãos do governo, empresas comerciais, serviços financeiros e de comunicações proporcionou um número crescente de cargos.
Trabalhar fora de casa é um conquista das mulheres, ganhar seu próprio dinheiro, ser independente, ser reconhecida e ainda agregar as tarefas tradicionais: ser mãe, esposa e dona de casa. Apesar da evolução da mulher em atividades exclusivas pra homens e ter adquirido qualificação os salários não acompanharam esse crescimento. As mulheres ganham cerca de 30% a menos que os homens exercendo a mesma função conforme o salário cresce, cai a participação feminina. Entre aqueles que recebem mais de vinte salários, apenas 19,3% são mulheres.
Não há área de trabalho masculino que ainda não tenha sido conquistado pelas mulheres. Não há dúvidas de que nos últimos anos a mulher está cada vez mais presente no mercado de trabalho. Essa mudança esta ocorrendo tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento, e o Brasil não é exceção. É importante, no entanto, ressaltarmos que a adição da mulher no mundo do trabalho vem sendo acompanhada, ao longo desses anos, por elevado grau de discriminação, principalmente no que se refere à desigualdade salarial entre