Histeria

781 palavras 4 páginas
1. EVOLUÇÃO TÉORICA DA HISTÉRIA
1.1 Contribuições pré-freudianas
A histeria sempre esteve presente na história da humanidade. Descrições de sintomas histéricos foram encontradas em antigos papiros egípcios que datam de quatro mil anos atrás. Esses documentos descrevem vários sintomas que eram encontrados em mulheres, como por exemplo, dor em diversos órgãos, impossibilidade de abrir a boca, de caminhar e de mexer as mãos. Aliás, a palavra histeria deriva do grego; hystera significa matriz, útero.
Na antiguidade, todos estes distúrbios eram remetidos a uma causa uterina. Supunha-se que este órgão fora acometido de inanição por descaso materno ou crueldade do destino, e assim, deslocar-se-ia através do corpo feminino, o que prejudicava o funcionamento de diversos órgãos. O tratamento consistia em fazer o útero retornar ao seu local de origem mediante a inalação de substâncias fétidas ou, através de desconfortáveis estripulias vaginais que o colocariam em seu devido lugar. (Ballone, 2008).
Platão (400 a.C.), diz que “... também nas mulheres e pelas mesmas razões, a chamada matriz ou útero é um animal que vive nelas com o desejo de fazer filhos. Quando fica muito tempo estéril, após o período da puberdade, tem dificuldade em suportá-lo, indigna-se, erra por todo o corpo, bloqueia os condutos do hálito, impede a respiração, causa mal-estar extremo e ocasiona doenças de toda espécie”.
Na Idade Média, sob a influência das concepções agostinianas, renunciou-se à abordagem médica da histeria e a palavra em si quase não era empregada. As convulsões e as famosas sufocações da matriz eram consideradas a expressão de um prazer sexual e, por conseguinte, de um pecado. Por isso, foram atribuídas a intervenções do demônio: um demônio enganador, capaz de simular doenças e entrar no corpo das mulheres para “possuí-las”. A histérica tornou-se a feiticeira, a bruxa. No Renascimento, com a publicação do Malleus maleficarum, a Igreja católica romana e a Inquisição dotaram-se de

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