Histeria
2.1 CASO ANNA O.
Histeria é a representação simbólica (física/orgânica), no sentido de comorbidade, advinda de questões psicossomáticas, inicialmente, e, totalmente, psicológicas. O quadro patológico Histeria, pesquisado por Breuer e Freud, neste estudo sobre Anna O. , mostra em sua literatura original, fatos que aconteceram com uma jovem mulher, que se recusava a acreditar que sua realidade não poderia ser transformada, talvez, ela renunciava admitir a realidade, por ser tão sombria, principalmente naquela época. Não era difícil ficar louca, em um contexto de uma sociedade ainda muito primitiva (totalmente machista) em questões humanistas, comandada por homens, que não permitiam que as mulheres expressassem seus desejos mais profundos. A mulher não podia ser quem ela quisesse, pois, tinha de se converter è cultura vigente. Breuer e Freud anunciavam então, uma nova era de pensamento e movimento (filosófico, médico, e, principalmente psicológico) sendo pioneiros de uma inovação, e visionários na maneira de compreenderem o ser humano em seu zeitgeist.
Diante disso, de tudo o que ela reprimiu na infância (segmentado por contextos como libido, pulsão de vida e pulsão de morte) apresentou-se enquanto sintomas, estes que, em um quadrante patológico, denominou-se Histeria. Serão abordados mais a frente, esses indícios sintomáticos, para uma maior compreensão sobre o assunto.
A Histeria, nada mais é, do que, sintomas observáveis do que foi subjetivamente reprimido, do que foi recalcado, do que ficou escondido, do que navegou e voou no universo até ser jogado para o buraco negro das emoções, e se configuram enquanto: paralisia de partes do corpo, vômitos, expressões faciais e corporais enquanto anomalias, psicose, dentre outros.
Esta mulher estudada nos relatos foi tratada em consultório, a partir da premissa, antes de, mais nada, de que era preciso ouvi-la. É como ouvir estrelas, de Olavo Bilac. Nos mudamos (no sentido de mutação para o padrão ideal da