Histerectomia
HYSTERECTOMIES: A RETROSPECTIVE STUDY OF 554 CASES
Eddie Fernando Cândido Murta, ACBC-MG1 Juliana Delfino dos Reis2 Juliana Misson Abrão2 Juliana Muniz Miziara2
RESUMO: Objetivo: A histerectomia é uma operação muito realizada, entretanto há poucos trabalhos na literatura nacional sobre suas indicações, técnica e complicações. O objetivo deste trabalho é avaliar estes procedimentos realizados na Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. Método: Estudo retrospectivo de 470 histerectomias abdominais e 84 vaginais foi conduzido analisando as indicações, tempo de cirurgia e internação, tipo de incisão e morbidez. Resultados: As principais indicações foram o mioma uterino e o prolapso uterino para as histerectomias abdominais e vaginais, respectivamente. As complicações intra-operatórias aconteceram em 3,4% e as pós-operatórias em 2,4% do total de casos. Nenhuma diferença estatística foi encontrada no número de complicações em relação ao tipo de incisão (vertical ou transversal). O tempo de cirurgia e o de hospitalização foram estatisticamente maiores nas incisões verticais. A hemorragia foi a mais freqüente complicação intra-operatória e a infecção da incisão operatória foi a mais freqüente no pós-operatório. Conclusões: A histerectomia é um procedimento de baixo risco, no entanto, a realização de revisões sobre indicações e complicações, e a pesquisa de melhores técnicas cirúrgicas são necessárias para torná-la cada vez mais segura. Descritores: Histerectomia abdominal; Histerectomia vaginal; Indicações; Complicações; Incisão abdominal.
INTRODUÇÃO
A história da histerectomia remonta ao século XVI. A primeira operação deste tipo é creditada a Berengarius, que, em 1507, na cidade de Bolonha, realizou a retirada do útero através da vagina. Entretanto, há dúvidas sobre se a retirada foi total ou parcial. Não obstante, em 1560, é creditada a Andreas a realização da