Histerectomia e SEXUALIDADE
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO II
HISTERECTOMIA
Definição
O útero é um órgão feminino por excelência e funcionalmente reprodutor. É o órgão onde se desenvolve o produto da concepção - ovo, embrião e feto. Localiza-se na cavidade pélvica, posterior a bexiga e anterior ao reto. Divide-se em três partes: corpo (2/3 superiores), o ístmo (junção entre o corpo e o colo) e o colo (1/3 inferior – se projeta na vagina). É constituído por musculatura lisa de controle involuntário por hormônios e por estímulos mecânicos locais (Dangelo & Fatini, 2003).
Os primeiros relatos sobre histerectomia são de Sorano, cidade de Éfeso (na Grécia antiga), no segundo século da era cristã. Atualmente, a histerectomia representa, em praticamente todo o mundo, uma das cirurgias mais realizadas na mulher (Monteiro, 2010). Segundo DATASUS, no ano de 2003 foram realizadas no Brasil 114 mil histerectomias. No Sistema Único de Saúde, a histerectomia é a segunda cirurgia mais frequente entre mulheres em idade reprodutiva, precedida apenas pelo parto cirúrgico. No Brasil, foram realizadas cerca de 107.000 histerectomias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2005.
De acordo com o Departamento de Medicina Familiar de Toronto (2005) a histerectomia é a remoção cirúrgica do útero. É um procedimento irreversível, realizado por indicação médica, com a finalidade de restabelecer a saúde ou mesmo salvar a vida da mulher. Esse procedimento resulta na incapacidade de engravidar (chamada de esterilidade) e pode ser feito pelo abdômen ou pela vagina.
A histerectomia pode ser parcial ou subtotal, com a remoção do útero (sem remover o colo do útero). Total, completa ou simples com remoção do útero e do colo do útero (a abertura do útero que leva à vagina). Ou radical, com remoção do útero, dos ovários, das trompas uterinas, da parte superior da vagina e dos nódulos linfáticos pélvicos. Existe ainda a salpingo-ooforectomia que é a remoção dos ovários e das trompas uterinas e pode ser