Hist Ria Da M Sica Popular Brasileira
Nossa música é riquíssima em estilos, gêneros e movimentos. Do século XVIII, quando o Brasil ainda era uma colônia até o final do século XIX, passando pelo período do Império e posteriormente a República, a produção musical foi tomando ares nacionais, com o aparecimento de gêneros musicais brasileiros como o maxixe e o choro.
Gêneros e Movimentos musicais nacionais:
A Modinha e o Lundu
Desde o século XVIII (dezoito), quando o Brasil ainda era colônia de Portugal, os brasileiros já cultivavam dois gêneros lítero‐musicais: a modinha e o lundu. Nos saraus, espécie de reunião onde se recitavam poemas e se cantavam músicas em tardes e noites cariocas, os dois gêneros causavam furor entre os jovens enamorados. Eram nestes encontros musicais que se podiam ouvir pianos, violas e cantores diletantes, derramando lirismo e sarcasmo.
Lundu de Rugidas
A Modinha foi gênero lírico, cantando o amor impossível, as queixas dos apaixonados e desiludidos. Já o lundu era gênero cômico com letras engraçadas e cheias de duplo sentido, que levavam os ouvintes às gargalhadas muitas vezes. Haviam até lundus proibidos às moças e crianças! Era o caso dos lundus de Laurindo Rabello, um militar que adorava divertir seus amigos ao som de seus picantes lundus.
O mais importante compositor e cantor de modinhas e lundus, no século XVIII, Domingos Caldas Barbosa, era um padre que não usava batina e tocava viola. Duas músicas de grande sucesso da época foram:
O Lundu da Marrequinha (Francisco de Paula Brito – Francisco Manuel da Silva)
Os olhos namoradores
Da engraçada iaiásinha,
Logo me fazem lembrar
Sua bela marrequinha.
Iaiá, não teime,
Solte a marreca
Senão eu morro, refrão.
Leva‐me a breca.
Se dançando á Brasileira,
Quebra o corpo a iaiásinha,
Com ela brinca pulando
Sua bela marrequinha
Quem a vê terna e mimosa,
Pequenina e redondinha,
Não diz que conserva presa
Sua bela marrequinha.
Nas margens da Caqueirada
Não há só bagre e tainha:
Ali foi que ela