Hist Ria Da Reforma Psiqui Trica No Brasil
Introdução
O entendimento e a forma de lidar da doença mental tem variado ao longo do tempo e parece estar tanto relacionado com os avanços da ciência como também com os valores e as crenças de uma época e local.O presente artigo tem por objetivo contextualizar e ampliar as perspectivas de compreensão da Reforma do Modelo de Assistência em Saúde Mental no Brasil, lei 10.216. Para tal parte dos primórdios do entendimento da doença mental até chegar à atualidade.As pinturas rupestres (p.ex. cavernas de Lascaux, as trepanações de crânios e o que sabemos das primeiras civilizações no Egito antigo nos fazem crer que o adoecer mental na '''Pré-história''' era atribuído a magia e ao sobrenatural1 .No ocidente, é na '''Antiguidade''' com Hipócrates que se tem os primeiros registros de que a doença mental poderia ter uma base orgânica. Hipócrates (460 a 370 anos de nossa era) descreveu alguns transtornos mentais (como a histeria, a mania, a paranóia, a psicose pós parto, a epilepsia, os deliriuns por intoxicação e as fobias p.ex.) e relacionou-os a alteração na fisiologia humana. Para ele, muitas doenças seriam decorrentes do desequilíbrio de quatro diferentes fluidos (humores) que circulariam pelo corpo humano, ou seja: o sangue (coração), a bile amarela (fígado), a bile negra (baço) e a fleuma (vias aéreas). O cérebro foi considerado oa sede da vida e seu correto funcionamento dependeria do equilíbrio entre estes humores. Expressões utilizadas ainda hoje em dia para adjetivar alguns temperamentos, como fleumático, colérico e sanguíneo, derivam desta época.Os romanos tinham leis para os juízes declará-los legalmente incompetente. Entretanto, a maioria dos gravemente insano foram mantidos sob contenção em casa por suas famílias e muitos eram temidos, espancados, presos e expulsos. Já a cultura Islâmica, neste período, considerava que era a sociedade a responsável por oferecer um tratamento humano aos doentes mentas. Os árabes