Hist Ria Da Psicologia Semin Rio
Departamento de Psicologia
História da Psicologia
Professor: Cláudio Ivan de Oliveira
Alunas: Cecília Prudente, Karen Castro, Alanna Sharyel e Istefani Basílio
O Pensamento em Watson: Rompendo com o Legado Metafísico e Buscando uma Referência Materializante
Cláudio Ivan de Oliveira
Universidade Católica de Goiás
Anderson Clayton Pires
Escola Superior de Tecnologia em São Leopoldo
Introdução
Existe uma lacuna no exame histórico da psicologia, em que Watson (1878-1958) desenvolveu teorizações sobre pensamento, pouco conhecidas e mal compreendidas e que foram tratadas de forma inadequada e superficial por muitos intérpretes, como diz Carrara (2005).
Podemos perceber isso em vários autores, como em Gardner (1858/2003), que constatou que o tema do pensamento foi afogado pelo behaviorismo; em Dorsch, Häcker e Stapf (1987/2001) que alegaram que Watson indicou que as teorias psicológicas “deveriam evitar conteúdos que só se dão por introspecção (pensamento, sentimento, percepção)” (p. 109, o grifo é meu); em Sternberg (2000) que falava que “[Watson] menosprezou o pensamento como uma fala sub-vocal” (p. 29, o grifo é meu); e entre outros, dentre eles os próprios behavioristas como Baum (1999), que não analisa as preposições de Watson que influenciaram tanto Marx e Hilis (1963/2001) e Oliveira (2004), como algumas teorias de Skinner (1957).
Watson, deu muita importância ao fenômeno do pensamento em seu artigo Psychology as the Behaviorist Views it (1913), teorizando sobre o comportamento e admitiu a auto-observação dentro de limites em sua teoria.
Para Watson, o pensamento como hábito é uma forma de referencialização materializante, isto é, cada conceito psicológico aponta ocorrências materiais específicas. E esse postulado de referencialização materializante, foi influenciada por um processo de desmetafisicização, um rompimento do legado metafísico, que vem de pensamentos iluministas, que buscavam a razão e que consideravam