Hiroshima 2

Glauco Blasco TIA: 4120434-4
Hiroshima – John Hersey Em “Hiroshima”, o autor John Hersey narra o fatídico episódio ocorrido em 6 de agosto de 1945, quando os EUA lançaram uma bomba atômica sobre a cidade japonesa, matando milhares de pessoas. O autor fugindo do modelo tradicional de se fazer uma matéria jornalística, realiza uma narrativa por meio da perspectiva de seis sobreviventes, contando de qual maneira superaram as adversidades. No final, Hersey mostra como ficou a vida dessas pessoas quatro décadas depois.
Durante todo o livro, John Hersey dispõe-se a contar os fatos da forma mais detalhada possível, gerando um grande interesse ao leitor. O envio da bomba atômica à Hiroshima é entendido de uma forma humanizada, com a valorização do sofrimento de milhares de japoneses, que mostraram um poder de união para enfrentar tal tragédia.
Ao apresentar os relatos de Hatsuyo Nakamura, Dr. Terufumi Sasaki, Padre Willhelm Kleisorge, Toshiko Sasaki, Dr. Masakazu Fugii e Kiyoshi Tanimoto – os seis personagens do livro – em fragmentos intercalados, o escritor gera a sensação de tempo real, ou seja, de que tudo ocorre ao mesmo tempo.
John Hersey em “Hiroshima” representa da melhor forma o gênero jornalismo literário, afinal apresenta características de ambos “estilos”. Entretanto, o papel revolucionário do autor está mesmo no campo jornalístico, pois além de demonstrar uma linguagem simples e clara, externar os fatos, ouvir as pessoas, Hersey realiza uma observação pessoal, valoriza elementos, explica termos. Um exemplo disso é a palavra japonesa “Hibakusha” (pessoas afetadas pela bomba), que não é somente traduzida ao pé da letra, mas explicada de tal maneira que é possível entender sua importância ao povo japonês.
A minuciosa descrição realizada por ele, insere o leitor ao livro, fazendo com que haja um compartilhamento da dor sofrida. Ademais, ele apoia-se em uma característica que destoa dos padrões jornalísticos atuais: a adjetivação. Combinada com o grande uso de