Hipótese endossimbiótica - lynn margulis
Todos os movimentos, transações, ações e atividades do dia-a-dia de qualquer ser vivo precisam de algum tipo de energia para ser executados. Para os músculos de um animal sustentar a sua carcaça é preciso energia, para fazê-lo movimentar, para a própria alimentação (raiz da energia) é preciso de algum recurso que possibilite essas ações. Quando nos alimentamos, ingerimos alimentos que na digestão são quebrados em diversas partículas até chegar ao intestino, onde essas minúsculos pedaços, já como nutrientes, são dispersos para todo o corpo através da corrente sanguínea até chegar as nossas células, onde as organelas citoplasmáticas mitocôndrias (responsáveis pela respiração celular) transformam, junto com oxigênio, alimento em energia (essa energia celular é chamada de ATP, trifosfato de adenosina).
A fim de descobrir a origem e o porquê de mitocôndrias estarem em todas as células eucarióticas existentes, Lynn Margulis (bióloga e professora americana já falecida que lecionava na Universidade de Massachusetts. Ela além da teoria endossimbiótica propôs outras teorias como a Teoria Gaia, por exemplo) começa a pesquisar mais a fundo sobre essas organelas. Após certo estudo, Margulis em 1981 propõe em seu livro Symbiosis in Cell Evolution (Simbiose na Evolução das Células) a teoria endossimbiótica, que consiste em dizer que a mitocôndria é na verdade uma bactéria aeróbica que no tempo onde todos os seres vivos eram unicelulares foi fagocitada por uma bactéria anaeróbica maior que ela, porém a célula menor não foi digerida, ela ficou dentro da célula maior começando um processo de simbiose (relação interespecífica harmônica onde espécies diferentes beneficiam a sobrevivência uma da outra, sem a espécie diferente a sobrevivência seria prejudicada, levando a possível morte do ser). Assim, enquanto a célula maior fornecia proteção à menor, esta dava alimento para a maior (Figura 1). Esse é a teoria que explica o começo das células eucarióticas,