Hipoxia
Buss,Caroline; Oliveira,Álvaro Reischak de
FONTE
Revista de Nutrição
RESUMO
Quando o atleta ascende a uma grande altitude, ele é exposto a uma pressão barométrica reduzida, e os efeitos fisiológicos que acompanham estas mudanças da pressão atmosférica podem ter grande influência sobre o seu organismo e seu desempenho físico. Acredita-se que a hipóxia seja responsável pelo início de uma cascata de eventos sinalizadores que, ao final, levam à adaptação à altitude. A exposição aguda à hipóxia provoca sonolência, fadiga mental e muscular e prostração. Cefaléia, náusea e anorexia são sintomas provocados pela Doença Aguda das Montanhas, que pode ocorrer nos primeiros dias de permanência na altitude. Uma estratégia nutricional adequada é fundamental para que o organismo não sofra nenhum estresse adicional. O objetivo deste trabalho foi apresentar os principais efeitos da altitude sobre o organismo e sobre o desempenho físico, discutir e/ou sugerir recomendações nutricionais para esta situação e, se possível, apresentar uma orientação nutricional prática para o atleta na altitude. Algumas das principais conclusões encontradas foram: o consumo energético deve ser aumentado; é fundamental monitorar a quantidade de líquidos ingeridos e escolher alimentos agradáveis ao paladar, ricos em energia e nutrientes. Recomenda-se trabalhar com um nutricionista do esporte com antecedência, para que um plano alimentar individual seja elaborado e colocado em prática antes mesmo da viagem à altitude.
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000100008
INTRODUÇÃO
Parte do relevo do planeta está acima de uma altura de três mil metros, uma designação arbitrária que separa as altitudes moderada e alta1. Embora o número de pessoas que realmente vivam nessa elevação seja pequeno, milhares de pessoas viajam para localidades em grandes altitudes, seja para trabalho ou lazer, expondo-se aos efeitos da pressão