Hipovitaminose a no brasil: um problema de saúde pública
A vitamina A é um dos mais importantes micronutrientes para a saúde do homem, especialmente para o crescimento, desenvolvimento, manutenção de tecidos epiteliais, reprodução, sistema imunológico e, em especial para o funcionamento do ciclo visual na regeneração de fotorreceptores (AMBRÓSIO, et al, 2006).
A relação existente entre essa vitamina e as propriedades da visão e do desenvolvimento faz dessa substância uma das mais estudadas. Sua importância, bem como as consequências de sua ingestão em níveis excessivamente baixos são causas de diversas doenças: xeroftalmia; queratomalacia; doenças de pele; anormalidades de reprodução; cálculos renais e ureterais; defeito para adaptação ao escuro; falência de crescimento; xerose e queratinização de membranas mucosas; e, ainda, aumento de risco de transmissão vertical do vírus HIV-1. (EL BEITUNE, 2003).
No Brasil, a Deficiência de Vitamina A (DVA) apresenta, conforme artigos publicados, níveis alarmantes, constituindo grave problema de saúde pública (RAMALHO, et al, 2002).
O objetivo geral do presente trabalho consiste na pesquisa da incidência da Hipovitaminose A como problema de saúde pública no Brasil. Como objetivo específico, pretende o presente esclarecer até que ponto a implantação de programas voltados ao combate da deficiência nutricional específica dos programas já existentes pode diminuir o índice de morbidade e mortalidade de grupos de risco.
Muito embora a carência da vitamina A tenha conseqüências bem definidas, sua abrangência no Brasil ainda é um problema de amplitude praticamente desconhecida. A pouca informação existente acerca do número de mortes e incapacitações relacionadas à carência da vitamina A contribuem para dificultar a situação. O vasto território nacional bem como sua diversidade cultural, social, econômica, são fatores agravantes à confiabilidade que estudos já realizados apresentam, chegando inclusive a serem contraditórios seus resultados (RAMALHO, et al, 2002). Diante