Hipotensão pós-exercício físico agudo Rondon et al. (2002), observaram que uma sessão de exercício físico de baixa intensidade (50% do Vo2 máximo) em 24 pacientes com hipertensão, com idade média de 69 anos, provocou uma significativa redução na pressão sangüínea, por um período de 22 horas após a atividade. Buscando verificar os fatores que afetam a hipotensão pós-exercício, Forjaz et al. (2000) monitoraram a pressão sangüínea de 30 indivíduos normotensos e 23 hipertensos após uma sessão controle e uma sessão de exercício físico, na qual os indivíduos realizaram exercício físico a 50% do seu Vo2 máximo. Como resultado, foi observado que 65% dos indivíduos de ambos os grupos apresentaram redução da pressão sangüínea pós-exercício. Entretanto, vários estudos apontam para o fato de que alguns fatores, como o nível de pressão arterial (Cleroux et al.,1992), intensidade do exercício (Pescatello et al., 1991; Cleroux et al.,1992), duração da sessão de treinamento (Forjaz et al., 1998;) e o tipo de exercício (Cleroux et al., 1992; Pescatello et al., 1991), poderiam estar envolvidos tanto na ocorrência como na magnitude e duração da hipotensão pós-exercício físico. Tem sido sugerido que um dos possíveis mecanismos responsáveis pela redução da pressão sangüínea após uma sessão de exercício físico seriam as alterações nos fatores hemodinâmicos. Rondon et el. (2002), observaram que a hipotensão pós-exercício, em pacientes hipertensos, está associada à redução do volume sistólico e volume diastólico final. Outro achado importante que pode justificar a hipotensão pós-exercício físico agudo é uma diminuição na resistência vascular e nos níveis plasmáticos de noropinefrina após uma sessão 30 minutos a 50% do VO2 máximo em indivíduos hipertensos (Cleroux et al., 1992). Estes resultados sugerem que uma atividade nervosa reduzida, como vista na concentração plasmática diminuída de noropinefrina, estaria envolvida na redução da resistência cardiovascular.