hipertensão e obesidade
As V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Definem a hipertensão arterial sistêmica (HAS) como sendo uma síndrome caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea, acompanhado de alterações metabólicas e hormonais.¹ Dentre as doenças cardiovasculares, é considerada a mais comum e também o principal fator de risco para problemas mais graves como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, predominantes causas de morte no Brasil.²
Estudos comprovam que a HAS chega a atingir 30% da população adulta mundial³, sendo que cerca de 140 milhões de pessoas são afetadas pela síndrome no continente americano,(4) Entre os brasileiros, são cerca de 17 milhões de portadores, o que corresponde a 35% da população acima de 40 anos, número que vem crescendo nos últimos anos. Estima-se que 4% das crianças e adolescentes sejam portadores da doença, que vem se tornando cada vez mais precoce.(5) Estudos apontam uma prevalência de 29,9% para a população de Salvador (6) e tem-se ainda que 4,8% das crianças e adolescentes dessa cidade apresentam a doença.(7)
Essa síndrome tem seu tratamento frequentemente negligenciado, devido a ausência de sintomas na maior parte do seu curso. Isso faz com que o portador não sinta necessidade de procurar um médico e geralmente se descobrem hipertensas tardiamente. Desses, 30% não realizam o tratamento adequado por falta e motivação ou de acesso aos serviços de saúde.(8)
Mudanças no estilo de vida da população, onde prevalece o sedentarismo e hábitos alimentares inadequados, somados ao tabagismo, consumo de álcool em excesso e a inatividade física são comportamentos que estão correlacionados com a obesidade, considerada o principal fator de risco para hipertensão arterial. (9) Esse desequilíbrio é facilmente obervado em crianças, pois estas, atualmente, apresentam um comportamento sedentário, tendo como atividades lúdicas e de lazer passar muito tempo em frente à televisão computadores e videogames,