Hipertensão arterial

INTRODUÇÃO

Atualmente, a população brasileira passa por um estágio de transição epidemiológica, havendo um aumento na incidência de casos de doenças crônicas não transmissíveis, as quais são conhecidas por possuírem história natural prolongada e de ocorrência multifatorial. As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por milhares de mortes todos os anos, tendo como destaque a Hipertensão Arterial (HA). (FERREIRA et al, 2008; COSTA et al, 2012)
A HA é caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados, associados a alterações metabólicas, hormonais e a fenômenos tróficos, como hipertrofia cardíaca e vascular e é um importante fator de risco para doenças decorrentes de aterosclerose e trombose, que se exteriorizam, predominantemente, por acometimento cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. Essa multiplicidade de consequências coloca a HA na origem das doenças cardiovasculares e, portanto, caracteriza-a como uma das causas de maior redução da qualidade e expectativa de vida dos indivíduos. (PASSOS et al, 2006; FERREIRA & AYDOS, 2010)
Entre os fatores de risco para esta patologia verifica-se a idade, o sexo e etnia, fatores socioeconômicos, alta ingestão de sal, obesidade, ingestão de bebidas alcoólicas e o sedentarismo. Dentre estes fatores associados, observa-se que a obesidade possui papel importante para a elevação dos níveis pressóricos e se apresenta como um dos mais importantes fatores de risco cardiovascular. Existem diversos métodos para a identificação da obesidade global e localizada, contudo, os índices antropométricos apresentam-se como ferramenta eficiente, de fácil utilização e baixo custo. Dentre eles destacam-se o índice de massa corporal (IMC), como identificador da obesidade global e a circunferência de cintura (CC), como indicadora de obesidade abdominal (GASPAROTTO et al, 2009)
Segundo a V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2007), redução do peso está relacionada à queda da insulinemia, à redução da