Hipertensao RS
Prevalência, Reconhecimento e Controle da
Hipertensão Arterial Sistêmica no Estado do
Rio Grande do Sul
Iseu Gus, Erno Harzheim, Cláudio Zaslavsky, Cláudio Medina, Miguel Gus
Porto Alegre, RS
Objetivo
Descrever a prevalência dos fatores de risco das doenças cardiovasculares, em particular, a hipertensão arterial sistêmica na população adulta do RS, seu nível de reconhecimento e controle, além dos fatores associados.
Métodos
Estudo transversal, de base populacional, com amostragem aleatória por conglomerado, em 918 adultos >20 anos, realizada de 1999-2000, tendo hipertensão arterial sistêmica definida como pressão arterial ≥140/90 ou uso atual de anti-hipertensivos.
Resultados
A prevalência de hipertensão arterial sistêmica foi de 33,7%
(n=309), sendo que 49,2% desconheciam ser hipertensos;
10,4% tinham conhecimento de ser hipertensos, mas não seguiam o tratamento; 30,1% seguiam o tratamento, mas não apresentavam controle adequado e 10,4% seguiam tratamento anti-hipertensivo com bom controle. Após análise multivariada, as características associadas significativamente com a presença de hipertensão arterial sistêmica foram: idade (OR=1,06), obesidade (OR=3,03) e baixa escolaridade (OR=1,82); as mesmas características foram associadas à falta de reconhecimento da hipertensão: idade (OR=1,05), obesidade (OR=2,46) e baixa escolaridade (OR=2,17).
Conclusão
A prevalência de hipertensão arterial sistêmica no RS manteve-se em níveis constantes nas últimas décadas, e seu grau de reconhecimento apresentou discreta melhora. Entretanto, o nível de controle da hipertensão arterial sistêmica não apresentou crescimento. Este estudo permitiu definir um grupo-alvo pessoas de maior idade, obesas e de baixa escolaridade - tanto para campanhas diagnósticas, como para a obtenção de maior controle de níveis pressóricos.
Palavras-chave epidemiologia, doenças cardiovasculares, hipertensão
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Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/Fundação Universitária
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