Hipersensibilidade dental
A hipersensibilidade dental, segundo Brugnera e Zanin (1998), pode ser definida como uma dor originaria da exposição dentinária, em resposta a uma grande variedade de estímulos. A dor é descrita como sendo aguda, súbita e de curta duração. Tais estímulos são tipicamente térmicos, táteis, osmóticos ou químicos, e a dor neste caso, não pode ser atribuída a qualquer outra forma de defeito ou patologia dental. (ADDY, 2002).
A hipersensibilidade dentinária é causada pela exposição dos túbulos dentinários pela perda de esmalte e cemento na região cervical dos dentes. Essa perda de estrutura dental pode ter vários fatores etiológicos e um correto diagnóstico é fundamental para a realização de um tratamento adequado.
A exposição da dentina cervical é mais comum vestibularmente e em caninos e pré-molares, podendo a prevalência ser alterada por padrões de oclusão ou hábitos individuais (CUENIN et al., 1991).
A hipersensibilidade dentinária é um problema comum à população. Pode causar desde leves desconfortos a dor extrema ao paciente e assim interferir nos hábitos de alimentação e higiene dos mesmos. Dessa forma, é de extrema importância o interesse do profissional quanto as causas e a intervenção clínica mais adequada, de modo que busque minimizar ou eliminar a hipersensibilidade, a fim de promover o maior conforto ao paciente.
Sendo assim, o propósito deste trabalho será discutir o mecanismo, a etiologia da hipersensibilidade, bem como os principais tratamentos descritos na literatura.
Dentina e Mecanismo da Hipersensibilidade
A dentina é um tecido conjuntivo avascular, mineralizado, especializado que forma o corpo do dente, suportando e compensando a fragilidade do esmalte. Caracteriza-se pela presença de múltiplos túbulos dentinarios dispostos muito próximos, que atravessam toda a sua estrutura servindo como meio de comunicação entre polpa e o esmalte, e contem extensões citoplasmaticas dos odontoblastos. Os corpos celulares dos odontoblastos