hinduismo
Em certa medida, o debate relativo ao "choque de civilizações" implica xenofobia, etnicismo e racismo. Ao hierarquizar as "civilizações", hierarquizando também povos, nações, nacionalidades e etnias, é evidente que se promove a classificação, entre positiva, negativa, neutra ou indefinida, de uns e de outros. Quando classificamos as "civilizações contemporâneas" em chinesa, japonesa, hindu, islâmica, ocidental e latino-americana, está, simultaneamente, estabelecendo alguma relação entre etnia, ou raça, e cultura, ou civilização; uma relação cientificamente insustentável, mesmo quando dissimulada. Essa é, obviamente, uma implicação da "teoria", ao priorizar a "civilização ocidental", por sua escala de "modernização", "tecnificação", "produtividade", "prosperidade", "lucratividade". Aliás, esse contrabando etnicista, xenófobo ou racista está presente em diferentes pensadores empenhados em "explicar" o mundo em termos de "modernização", "racionalização", "tecnificação" e outros emblemas ideológicos do “ocidentalismo”.
No caso dos hindus as complexas regras que controlam o contato social entre as castas eram muito rígidas; mas a Constituição indiana, que entrou em vigor em 1947, introduziu certas medidas para banir a discriminação por casta. Como não basta mudar a