hidroeletricidade
Além da distância dos potenciais empreendimentos em relação aos centros de consumo de energia, novas hidrelétricas na Amazônia devem equacionar questões ambientais e conflitos com comunidades tradicionais.
Entre as questões ambientais estão os impactos sobre a fauna, em especial a aquática: barramentos são obstáculos às espécies migratórias, em especial para os grandes bagres (surubim, jaú, dourada, etc), que precisam nadar contra a correnteza para ativação do processo hormonal que desencadeia a reprodução. O impacto pode ser reduzido, mas não suprimido, pela construção de mecanismos de transposição como escadas e canais. O desequilíbrio ictiofaunístico favorece a proliferação das espécies de ambientes lênticos (águas paradas) em prejuízo daquelas de ambientes lóticos (correnteza).
O impacto de áreas inundadas e perda de vegetação são menos importantes do que as queimadas e os desmatamentos causados pelas atividades ilegais que ainda persistem na Amazônia, mas a perda de áreas ribeirinhas afeta de modo mais crítico as comunidades tradicionais - que, via de regra, não possuem conhecimento técnico para adequar suas técnicas de plantio a áreas mais pobres em nutrientes e água.
O assoreamento é uma outra questão importante no planejamento hidrelétrico: más práticas agrícolas podem carrear quantidades expressivas de solo aos reservatórios, onde se depositam por desaceleração, diminuindo o volume disponível para geração de energia e podendo inviabilizar a