hidrocefalia
Objetivo: Identificar os fatores corresponsáveis de infecção relacionada à derivação ventricular externa (DVE).
Método: Trata-se de estudo retrospectivo com análise quantitativa dos dados desenvolvido no Serviço de Arquivo
Médico de um hospital público que é referência em neurocirurgia em Pernambuco. A amostra foi constituída por 140 pacientes submetidos a inserção de derivação ventricular externa. Os dados foram coletados por meio de um questionário semiestruturado e analisados com o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão
13.0. Resultados: Predominância do sexo masculino (39,7%); idade entre 20 e 39 anos (52%); tempo de internamento acima de 60 dias (72,7%); múltiplas DVEs colocadas (100%); tempo de uso da DVE acima de 30 dias (96,2%). Conclusão:
Significância estatística para os fatores: tempo de internação prolongado; número de DVEs colocadas; tempo de uso da
DVE; e o desenvolvimento de infecção. As ações de enfermagem são emergentes e visam a garantir a segurança do paciente no ambiente hospitalar. Descritores: Infecção, Cuidados de enfermagem, Fatores de risco, Derivações do líquido cefalorraquidiano.
Hidrocefalia é, de forma genérica, a acumulação de líquido cefalorraquidiano (LCR) no interior da cavidade craniana (nos ventrículos ou no espaço subaracnóideo), que por sua vez, faz aumentar a pressão intracraniana sobre o cérebro, podendo vir a causar lesões no tecido cerebral e aumento e inchaço do crânio.
É um problema de saúde que, na maior parte das vezes, está associado ao aparecimento de Spina Bifida. O líquido cefalorraquidiano passa, no cérebro, de um ventrículo para o seguinte (existem, ao todo, quatro) através de canais relativamente estreitos, circulando depois na superfície do cérebro e sendo, finalmente, absorvido pela sistema sanguíneo. Existe ainda uma parte do líquido que circula ao longo da medula espinhal.
Ora, a acumulação já referida de LCR no interior da cavidade craniana