Hidrelétrica
O processo de aprovação de uma usina hidrelétrica junto aos órgãos competentes é complexo, geralmente lento e conflitante no que diz respeito às partes diretamente interessadas ou afetadas. Os interesses econômicos fazem um esforço extraordinário para obterem as licenças, de forma a apressar o início das obras, mas vários entraves acabam se apresentando.
Essa confusão de órgãos do governo, audiências publicas e população, acaba por desviar a atenção dos reais problemas relacionados aos impactos ambientais. Sobre a importância desses impactos cita Caubet et al: "Ocorre que identificar, analisar, qualificar e resolver os problemas ambientais tornou-se uma questão crucial".
O primeiro impacto que se nota está relacionado com a chegada da empresa construtora ao local da obra e a montagem do canteiro. O aumento súbito da população pelos trabalhadores acarreta vários problemas como um acréscimo na produção de lixo e esgoto sanitário, aumento na circulação de máquinas pesadas que danificam as vias e modificam as características do trânsito local, crescimento da violência urbana, entre outros. A supressão da vegetação nativa, para ocupação da área, é também um grave problema. Por outro lado, há um crescimento das atividades econômicas por conta desse incremento populacional em regiões onde muitas vezes não existe nem energia elétrica.
Há também o impacto relacionado com as populações atingidas pelo alagamento das propriedades, casas, áreas produtivas e até cidades inteiras. Podem-se incluir neste contexto os impactos pelas perdas de laços comunitários, separação de comunidades e famílias, destruição de igrejas, capelas, locais sagrados para comunidades indígenas e tradicionais que muitas vezes vivem isoladas.
Deve-se salientar que os deslocados não são os únicos atingidos pela construção de uma barragem, pois pessoas que moravam em outro lugar e apenas trabalhavam no local da barragem também devem ser