HIDRAULICA
A arquitetura age com vocabulário tridimensional que envolve o homem, sendo assim, é como uma grande escultura escavada, em cujo interior o homem penetra e caminha. O uso de plantas, cortes e fachadas para representações gráficas provem da falta de educação espacial, pois essas representações são meros elementos providos de distância para construção do espaço, que não pode ser representado perfeitamente em nenhuma forma. Por esse principio, a arquitetura vai além, provêm do vazio, espaços interiores em que o homem anda e vive, a integração do homem no espaço, sendo assim, o protagonista do fato arquitetônico é o espaço.
As quatro fachadas de uma construção, seja ela qual for, são apenas o invólucro do espaço arquitetônico, que pode ou não estabelecer relações entre o interno e externo. Com o desenvolvimento da perspectiva, acreditou-se responder que a arquitetura é composta de três dimensões, conceito que foi mantido através dos desenhistas até século XIX, com então surgimento da fotografia, que substituiu a perspectiva. No entanto, no período imediatamente anterior a guerra, descobriu-se que além das três dimensões da perspectiva, existia uma quarta, sendo essa a revolução dimensional cubista, que nada mais era do que a representação do mesmo objeto através de pontos de vista diferentes, ou seja, o deslocamento sucessivo do ângulo visual. Os cubistas, em busca de descobrir e compreender profundamente a realidade de um objeto, introduziram o pensamento de que, além da forma externa, existe também a interna, ou seja, a constituição interna.
A teoria cubista teve relação decisiva com arquitetura porque proporcionou a sustentação científica ä exigência crítica de distinguir entre arquitetura e cenografia, que durante longo tempo permaneceu em estado confuso. Relacionou-se a arquitetura o elemento tempo, ou seja, elemento indispensável ä atividade de construção. O problema então pareceu novamente resolvido. A