HIBRIDISMO CULTURAL LATINO AMERICANO

Ao longo do processo de formação cultural de um povo, o homem, através dos hábitos que influenciam a evolução de sua cultura, mantem-se ligado à necessidade de sobrevivência, à busca pelo poder, o domínio de outros povos. Suas práticas de organização, assim como suas manifestações determinam, dentre outras coisas, a maneira como o homem vive e se desenvolve. É partindo de uma ideia plural entre lógicas culturais, e sabendo que não existe uma cultura superior ou inferior a outra, e sim, manifestações diferentes que pode se entender as peculiaridades de uma ou mais culturas. O continente americano por si só destaca essa hibridização, pois sua cultura é marcada pelas presenças de diferentes povos, o índio autóctone e o europeu colonizador deram inicio a esse processo de hibridismo cultural. Os Espanhóis ao entrarem em contato com os índios da América se chocaram com um espaço cultural totalmente diferente do deles, uma nova realidade na qual eles não imaginavam encontrar e que não foram capazes de entender, pois de um lado os espanhóis tinham uma cultura conservadora, motivada pela glória de séculos passados, uma religião definida pelos seus dogmas, leis que regiam o certo e o errado. Em outra perspectiva, o índio mantinha uma cultura contrária a dos espanhóis europeus, com costumes que feriam a moral e conduta religiosa europeia, e assim, por julgamento, foram tidos como povos sem fé, devido à falta da letra “f” em seu dialeto; sem lei, pois também não tinha a letra “l”; e sem rei, por não ter a letra “r”, sendo, dessa forma, tratados com inferioridade. Essa pluralidade de culturas favoreceu o desenvolvimento do hibridismo cultural na América, já que o deslocamento de grupos distintos deu inicio ao fenômeno histórico social que está presente em todas as ramificações da cultura americana. Esses fenômenos são manifestados em distintas caracterizações encontradas na literatura, música, artes, religião etc.. Essa mestiçagem cultural