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O perfume Chanel Nº 5 foi criado em 1921 por Ernest Beaux, a pedido da estilista Coco Chanel que teria dito: “Quero um perfume de mulher, com cheiro de mulher”. A estilista não só lançou a primeira fragrância com nome de uma grife, como também criou um perfume que por muitos anos foi considerado o mais caro do mundo.
No começo, o Chanel Nº 5 era dado de presente às principais clientes de Coco Chanel. Com o tempo, ele se tornou o cheiro oficial da loja, da marca e símbolo de status e bom gosto. Com 90 anos de história, o perfume nunca teve sua fórmula e embalagem alteradas. Até hoje, ele aparece dentro de um frasco art déco, incorporado à coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, em 1959. Além de Marilyn Monroe, as atrizes Catherine Deneuve, Audrey Tautou e Nicole Kidman também já fizeram campanha da fragrância.
Mas o que nem todo mundo sabe é que uma uma planta nativa da Amazônia faz parte da composição do perfume. É o óleo de pau-rosa. A produção do óleo essencial do pau-rosa, árvore nativa da floresta amazônica, diminuiu drasticamente nos últimos anos. A produção, que já chegou a 450 toneladas anuais na década de 80, hoje não passa de 50 toneladas. As exportações também diminuíram em média 50% nos últimos quatro anos. O Brasil é o único produtor mundial do produto. Desde 1992, o pau-rosa faz parte da lista do Ibama de plantas em perigo de extinção. Estima-se que, ao longo de sete décadas de exploração, 500 mil árvores foram derrubadas e, hoje, as áreas de ocorrência se restringem ao Estado do Amazonas.
No caso do Chanel nº 5 o óleo da árvore brasileira é apenas dos mais de 80 outros ingredientes presentes na fórmula. Uma das iniciativas para conciliar produtividade e proteção ambiental está em desenvolvimento no Laboratório de Química de Produtos Naturais da Unicamp. A instituição criou uma nova técnica de extração do óleo. No método convencional,