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Universidade Estatual do Sudoeste da Bahia – Vitória da Conquista
Antropologia Jurídica
Ingrid Iana Matos Anunciação
I Semestre – Direito Noturno

Polícia, tráfico e moradores
A crescente onda de violência é reflexo na histórica desigualdade social brasileira e é um grave problema no país. Os altos índices de violência urbana alarmam a sociedade em geral, bem como os gestores públicos. As taxas de homicídio são as mais preocupantes, em 2013 cerca de 50 mil homicídios aconteceram no Brasil, segundo o 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
A violência é rotineira na vida dos brasileiros. A urbanização acelerada é um dos diversos fatores que corroboram para o aumento da violência no Brasil, principalmente nas grandes cidades. Dentro desse panorama, as favelas se tornam o cenário da luta de policiais contra traficantes, e, em meio a isso tudo, estão os moradores.
Os moradores das favelas muitas vezes se veem divididos entre o poder público, a polícia, e o tráfico. Segundo os moradores do Morro de Santa Marta, no Rio de Janeiro, no documentário “Notícias de uma guerra particular” de 1999, produzido pelo cineasta João Moreira Salles e pela produtora Kátia Lund, assistido em sala de aula, a única instituição do governo que chega à favela é a polícia, enquanto os membros das organizações criminosas ajudam a população sempre que necessário. Esse depoimento revela as nuances de uma guerra que parece não ter fim, bem como mostra que a polícia não deve ser a única responsável em acabar com a violência no país.
O poder público tem se mostrado incapaz de enfrentar essa calamidade social, sustentando sempre a mesma forma de repressão que há desponta como ineficiente para combater a violência. A solução envolve muito mais do que polícias treinados para uma guerra, faz necessária uma renovação social, fazer com que todas as instituições do Estado cheguem para as classes desfavorecidas com demanda de urgência, profundidade e extensão. A melhoria do sistema