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1 - INTRODUÇÃO

A expansão da indústria hoteleira no Brasil tem atingido patamares notáveis desde de meados da década de 90. Através de dados pode-se evidenciar que em duas décadas o número de unidades habitacionais aumentou em 10 vezes apenas na cidade de São Paulo. Fatos como este não deixam dúvidas de que o setor merece um olhar mais cuidadoso sobre seus aspectos de expansão, efeitos econômicos e de sustentabilidade, principalmente nos grandes centros, pois o crescimento apenas se consolida quando é possível sua manutenção ao longo do tempo.
Decorrente dessa ascensão, que até 2007, projeta um crescimento na ordem de 3 a 4% ao ano e investimentos em novos empreendimentos acima 2 bilhões de reais, faz-se indispensável pensar sob os aspectos estratégicos que envolvem a indústria hoteleira: ambiente macroeconômico, mão de obra, concorrência, fornecedores, tecnologia, sistemas de gestão, entre outros aspectos fundamentais para a manutenção desse mega-negócio, cujos impactos são representativos para o turismo e para o desenvolvimento de várias regiões do país.

Portanto, a visibilidade da gestão estratégica é fator decisivo para o futuro da indústria hoteleira nacional. O mercado tem se demonstrado promissor, conforme indicam os dados da OMT (Organização Mundial do Turismo). O Brasil avançou, em 8 anos, da 43ª para 29ª posição no ranking internacional de destinos turísticos. Entretanto, mesmo com o esse avanço na entrada de turistas estrangeiros e ascensão do turismo de negócios, os números não são suficientes para refletir, diretamente, a melhoria de taxas de ocupação, ao longo do tempo, frente, à oferta de unidades habitacionais disponíveis, inclusive, registrando o fechamento de 26 hotéis no centro de São Paulo nos três últimos anos. E, vislumbrando tal cenário de crescimento da indústria hoteleira versus a demanda de hóspedes é que se faz necessário esboçar cenários sob o ponto de vista de rumos já percorridos, perspectivas e estratégias para o negócio da