hgjh
RAFAEL GARCIA
DE SÃO PAULO
MARIANA VERSOLATO
EDITORA-ASSISTENTE DE "CIÊNCIA+SAÚDE"
Atualizado às 21h09.
Cientistas da USP (Universidade de São Paulo) começarão a testar no mês que vem em macacos uma vacina de DNA contra o HIV. As cobaias, que não são capazes de contrair o vírus, servirão para avaliar a segurança do produto e sua capacidade de ativar o sistema imune.
A vacina, que vem sendo desenvolvida desde 2001, foi inspirada na bioquímica do organismo de pacientes que são mais resistentes ao vírus. Se o experimento em macacos tiver sucesso, a ideia é fazer testes de segurança em humanos, diz Edecio Cunha Neto, líder do grupo de pesquisa que criou a vacina.
A ideia, segundo ele, é aplicar a vacina em pessoas sem vírus em combinação com outra imunização que ainda venha a ser criada, porque ela não deve ser capaz de conferir proteção total sozinha.
"Ela em si não seria uma cura, seria uma forma de atenuar a doença. Em combinação com outra vacina, poderia contribuir para uma proteção completa contra o HIV."
Cunha Neto começou a desenvolver a vacina junto de Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan, estudando o organismo de soropositivos cujos linfócitos T CD4 --células do sistema imune responsáveis por reconhecer os vírus-- eram capazes também de atacar o HIV com toxinas.
Pesquisando a estrutura de proteínas do vírus usadas pelas células do sistema imune no reconhecimento, os cientistas criaram um segmento de DNA que produziria esses plasmídeos --fragmentos de molécula-- ao serem injetados em células humanas. Em testes com o sangue de pacientes em tubos de ensaio, a estratégia mostrou sucesso.
"Em média, o sistema imune de cada paciente reconhecia 5 dos 18 peptídeos que nós usamos", disse Cunha Neto. Segundo o cientista, isso é requisito para que uma vacina funcione em pessoas com diferentes perfis genéticos.
Editoria de Arte/Folhapress
Desde 2006, o grupo da USP vinha realizando