Heródoto por Fraçois Hartog
282 palavras
2 páginas
O texto "Os antigos, o passado e o presente" de François Hartog, retrata a escrita da história na antiguidade clássica. As questões prevalecentes do texto foram : a criação de um novo regime de autoridade(logos) , a justificativa para que Heródoto seja retratado como o "Pai da historiografia" e a afinidade dos autores da época, pelo uso da autópsia. A eclosão da democracia na Grécia antiga fez com que a dialética ganhasse evidência no cenário político, esta habilidade baseava-se em um discurso majoritário que fora batizada de logos. A definição do homem como um ser naturalmente racional, é a principal peculiaridade do logos histórico. Existiam também, outras formas distintas de representar o passado como: o discurso político, os mitos e a história(logos). Cada uma possui um regime de autoridade, estratégia de discurso que transmite a sensação de verdade. Os acontecimentos já eram feitos no universo grego, porém, Homero com suas obras Ilíada e Odisseia utilizava o discurso mítico para executar seu regime de autoridade. Heródoto quebrou o paradigma mítico criando o termo história como investigação através do relato e observação, isso tornou-o pioneiro da investigação executado pela explicação racional. Pode-se afirmar que esses fatores foram o fundamento para que Heródoto seja tratado como o "Pai da historiografia" O texto aponta a grande semelhança entre Tucídides e Heródoto, para com à autópsia. Esse mecanismo de investigação, tornou-se o principal procedimento empregado pelos primeiros historiadores fundadores do gênero histórico. As adversidades encontradas nos trabalhos de Tucídides e Heródoto, são visíveis na exigência de Tucídides no uso da autópsia. A historiografia nos mostra que Heródoto destacou-se dos demais "Historiadores" de sua época, devido a inexistência do mítico em suas narrativas.