HERZ E HOFFMANN

As OIG, formadas por Estados, e as ONGI, são a forma mais institucionalizada de realizar a cooperação internacional, garantindo certa medida de governança global, através de normas, regras, leis, procedimentos etc. O sistema internacional moderno conta, também, com outros mecanismos de estabilização, como: arranjos ad hoc, o multilateralismo, os regimes internacionais, as alianças militares, segurança coletiva, balanço de poder, zonas de influência, etc; todos esses ligados ao processo de criação das OIGs. A criação destas sendo uma decisão dos Estados, dependendo desses mesmos estados para adquirir legitimidade, com isso, mostrando seu caráter voluntário.
As OIGs contribuem para a cooperação entre os Estados a partir de projetos, políticas, elaboradas por elas próprias; através de um espaço social e físico, onde possam ser realizadas as negociações, além de terem uma máquina administrativa que traduz essas decisões em realidade. E a somar a tudo isso, tem mecanismos de garantir a aquiescência às normas e regras.
Tornou-se necessário empregar servidores público internacionais que se distinguem das delegações nacionais que representam os Estados em cada organização, para isso, foi criada a norma de internacionalização do servidor público, onde cada um com responsabilidade apenas perante a organização a qual serve. Com funções de guardar a memória da organização, gerar debate sobre sua atuação, criar ambiente favorável à atuação e negociação.
A industrialização, avanços no transporte, nas telecomunicações, o crescente comércio, fizeram com que alguns problemas fossem impossíveis de serem solucionados apenas por Estado-nação, fazendo- se necessário um método de resolução pacífica de disputas, leis que visassem melhores condições de convivência internacional. Com isso, a maior parte das OIGs conhecidas foram criadas na segunda metade do século XX, apesar de ter havido tentativas anterior a esse período.