HERNIA INGUINAL
Relatório apresentado para fins de avaliação na disciplina de SEMIOLOGIA, do Curso de MEDICINA VETERINARIA - sob a orientação do Prof. WALDERSON ZUZA.
Dourados – MS
2014
As hérnias inguino-escrotais são caracterizadas pelo deslocamento da porção final do jejuno ou íleo através do canal inguinal, por vezes se estendendo até a bolsa escrotal. Ocorrem mais comumente ao nascimento ou até alguns meses após, podendo se resolver espontaneamente durante os primeiros meses de vida. O problema pode ocorrer também em animais adultos após a cópula, exercícios ou traumas e nestes casos quase todas são irredutíveis. Os sinais clínicos da enfermidade caracterizam-se por início súbito, dor aguda e intensa, rápida deterioração dos parâmetros fisiológicos e aumento de volume em um ou ambos os lados da bolsa escrotal, com diminuição da temperatura local. O diagnóstico pode ser confirmado pela palpação direta, palpação transretal e ultrasonografia da bolsa testicular. Por ser uma obstrução estrangulante, o tratamento cirúrgico imediato é essencial, por meio de laparotomia. Os casos mais complexos podem resultar em lesão irreversível da mucosa intestinal, com isquemia e outros efeitos intensos e complexos, em decorrência da absorção de endotoxinas, distúrbios hidroeletrolíticos e alterações no equilíbrio ácido-base. Essas complicações podem manifestar em órgãos á distância, tornando o tratamento mais difícil do que a correção cirúrgica intestinal. Portanto, nos casos de hérnia inguino-escrotal em eqüinos, além de apresentarem um transoperatório laborioso, a recuperação e o pós-operatório apresentam complicações que fazem com que o prognóstico seja reservado, podendo desencadear o óbito do animal, ainda na mesa cirúrgica.