hermeuneutica
Curioso é que, no início, a hermenêutica estava muito ligada à Retórica. Se observarmos a Grécia Antiga, a hermenêutica era vista primordialmente sob um caráter linguístico, voltada para a transmissão de uma mensagem. Tratava–se de anunciar, esclarecer, traduzir algo que não estava claro. Portanto, não se trata de uma “ciência hermenêutica”, mas de simples técnica (o aluno deve levar em consideração que o termo
“técnica” para os gregos possuía um conceito importante. A técnica estava a serviço da ciência).
Para o filósofo grego Platão, a hermenêutica consistia numa técnica que ficava em segundo plano, já que as palavras nunca poderiam nos dar um conhecimento verdadeiro sobre o
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Disponível em: . Acesso em: 26 jan. 2011.4
Unidade I
Revisão: Geraldo—Diagramação: Karen Cristina—18/02/2011 mundo, (pois somente a ideia – pensamento – poderia alcançar a verdade, entender e conhecer o real). Neste prisma, do mesmo modo que o artesão copia a obra de um artista, o intérprete faz uma imitação da ideia através da “palavra”.
A hermenêutica, em Platão, não produz efetivamente o
“saber”, (trata–se de uma repetição), assim, nunca poderia ajudar o homem a alcançar aquilo que ele coloca como meta de sua vida, o conhecimento do bem. Platão nos deixou um legado importante traduzido em forma de “diálogos”.
Em um de seus diálogos, nomeadamente em “Crátilos”, constatamos não apenas a origem do “verbo”, mas também a palavra aplicada à convenção social. Observamos que estas
(as palavras) pertencem ao mundo sensível e não estão, de modo algum, interligadas com as “coisas em si”, existentes no mundo das ideias, sustentadas pelo filósofo. Esta é a razão por que a hermenêutica não estaria relacionada ao processo do conhecimento das coisas propriamente ditas (situadas no
“mundo das ideias”).
Aristóteles, discípulo de Platão, e professor de Alexandre o
Grande, desenvolve um pensamento diferente do mestre. Convém