Hermann Ebbinghaus e seus estudos sobre a memória
Hermann Ebbinghaus nasceu em Barmen, Alemanha, em uma família de comerciantes luteranos. Aos dezessete anos de idade, foi estudar filosofia na Universidade de Bonn, mas sua carreira acadêmica foi interrompida, em 1870, pela guerra franco-prussiana. Em 1873, completou os estudos e mudou-se para Berlim, de onde mais tarde partiu em viagem para França e Inglaterra, aonde conduziu, a partir de 1879, pesquisas sobre seu próprio poder de memorização. Publicou um de seus principais trabalhos, Memory: A Contribution to Experimental Psychology (Memória: Uma Contribuição à Psicologia Experimental), em 1885, e no mesmo ano tornou-se professor da Universidade de Berlim, onde montou dois laboratórios de psicologia e fundou uma revista acadêmica. Ebbinghaus transferiu-se em seguida para a Universidade de Breslau, onde também fundou um laboratório e trabalhou em uma comissão de estudos sobre a habilidade mental em crianças. E ainda que as especificações de como essas habilidades foram testadas tenham sido perdidas, o sucesso alcançado pela comissão abriu espaço para o desenvolvimento de futuros testes de inteligência.
Em 1904 mudou-se para Halle, onde lecionou até a data de sua morte. Seu último trabalho, Psychology: an elementary textbook (Psicologia: um livro básico, tradução livre), foi publicado seis anos depois, 1908. E um ano após essa publicação Ebbinghaus falece de pneumonia, aos 59 anos.
Pesquisa em memória
Em 1885, Hermann Ebbinghaus tornou-se o primeiro psicólogo a realizar um estudo sistemático do aprendizado e da memória, por meio de um longo e exaustivo experimento consigo próprio. Influenciado por Empiricistas Britânicos, supôs que o processo de memorização envolvia a formação de novas associações e que estas poderiam ser fortalecidas através da repetição. Ebbinghaus, então, decidiu testar os efeitos da associação sobre a memória, registrando os resultados de maneira matemática para verificar se a