Hermafroditismo
A produção dos gametas ocorre durante a Meiose, um processo de divisão celular no qual as células geradas passam a ter metade dos cromossomas das células que deram origem a elas. Assim cada óvulo ou espermatozóide apresentam um cromossoma sexual. Da união destes gametas, surge então uma célula chamada zigoto, que possui um cromossomo sexual paterno (X ou Y) e outro materno (X).
O hermafroditismo é uma condição que decorre do desenvolvimento sexual embrionário irregular, podendo apresentar-se sob vários graus de sexo intermediário. Essa anomalia pode surgir tanto de erros na determinação sexual quanto na diferenciação sexual. Dizemos que a determinação sexual - ou seja, a definição do sexo genético de uma pessoa - ocorre durante a fecundação, e depende do tipo de cromossomo sexual (X ou Y) presente no espermatozóide. Assim, se o gameta masculino tiver o cromossomo X, o sexo do bebê será feminino (XX - isto é, um X materno e outro paterno); mas se o cromossomo sexual do espermatozóide for Y, o bebê será um menino (XY - isto é, um X materno e um Y paterno). Quando há erros neste processo de determinação sexual, forma-se um hermafrodita verdadeiro. Estes indivíduos apresentam tanto tecidos das gônadas femininas (ovários) quanto das masculinas (testículos), que podem estar amalgamados em um mesmo órgão chamado ovotéstis, ou apresentar-se como órgãos separados. Nessas pessoas, geralmente os dois cromossomos sexuais são femininos (XX), e a fisionomia pode ser tanto de homem quanto de mulher, porém com genitália ambígua.(As duas)
Por outro lado, se o problema ocorrer posteriormente, durante a diferenciação das gônadas sexuais, temos a formação de um pseudo-hermafrodita masculino (com testículos apenas) ou um pseudo-hermafrodita feminino (com ovários apenas). Na espécie humana, as gônadas começam a se diferenciar a partir da 7ª semana gestacional, e o produto deste processo vai depender do sexo genético do indivíduo. O dimorfismo das gônadas