Hepatite
Se por um lado a hepatite A costuma ser uma doença benigna que raramente se torna crônica, por outro, ela é a hepatite viral que mais frequentemente cursa como uma hepatite fulminante, levando a morte por insuficiência hepática caso não seja efetuado um transplante hepático de urgência. Felizmente esse quadro ocorre em menos de 1% das hepatites por vírus A.
Diagnóstico da hepatite A
Nas análises de sangue, o principal achado é a alteração das chamadas enzimas hepáticas: TGO, TGP e bilirrubinas (leia: O QUE SIGNIFICA AST (TGO) E ALT (TGP)?). Nas hepatites agudas os valores de TGO e TGP costumam estar acima de 1000 IU/dL.
As enzimas hepáticas, porém, só indicam que há um quadro de hepatite aguda em curso, não sendo capazes de determinar a causa.
Para se identificar o HAV como agente causador da hepatite é preciso realizar uma sorologia para hepatite A. Na sorologia procuramos por 2 tipos de anticorpos: IgM e IgG.
– O anticorpo IgM, indica hepatite A ativa. Já encontra-se positivo quando os sintomas aparecem e permanece detectável por até 6 meses, quando, então, desaparece.
– O anticorpo IgG indica infecção antiga. Fica positivo após algumas semanas de infecção e assim permanece pelo resto da vida.
Temos, então, 3 possibilidades
– HAV IgG positivo e IgM negativo = Infecção antiga e curada.
– HAV IgG positivo e IgM positivo = Infecção ativa e a caminho da cura.
– HAV IgG negativo e IgM positivo = infecção ativa no início do quadro.
Tratamento da hepatite A
Como se trata de uma doença benigna com cura espontânea na quase totalidade dos casos, não há tratamento específico para a hepatite A.
Indica-se apenas repouso, boa alimentação e hidratação. Deve-se, obviamente evitar bebidas alcoólicas e drogas