Hepatite C
O século XVIII na Europa
Transplante dental - Desde o início dos tempos, a substituição artificial de dentes caídos era efetuada com produtos de origem animal, como o marfim ou o osso, ou com a extração de dentes da boca de uma pessoa morta. Os primeiros geralmente eram insatisfatórios, pois absorviam odores e sofriam mudanças de cor. Quanto aos dentes humanos, estes eram escassos e caros, e a maior parte das pessoas sentia uma repugnância natural ao colocar um dente de cadáver na boca. No século XVIII, John Hunter argumentou sobre as vantagens de transplantar os dentes de um ser humano vivo diretamente para a maxila de outro ser humano ( ao que se opôs Berdmore, em favor de sua reputação ), e seu grande prestígio fez com que este duvidoso procedimento fosse aceito além do conveniente. Era tão entusiasta de sua nova idéia, que implantou um dente humano, cuja raiz não havia se desenvolvido completamente ainda, na crista de um galo vivo. Assim, presenciou o crescimento, no interior do anal pulpar do dente, o fluxo de vasos sanguíneos e também presenciou o próprio dente enraizando-se com firmeza na crista. Isto levou Hunter a recomendar que o "scion" de dente humano ( como chamou ao dente implantado ) fosse de uma pessoa jovem, e fez o que, atualmente, nos parece uma recomendação inconsciente: que o dentista tivesse vários doadores esperando durante o transplante de um dente; se o primeiro dente não se ajustasse à cavidade, devia extrair outro dente da próxima pessoa, e assim sucessivamente, até que fosse obtido um bom ajuste! É surpreendente que o pai da cirurgia moderna, cujo considerável conhecimento tinha por base a investigação científica e a experiência prática, pudesse aconselhar procedimentos tão duvidosos.
Com o tempo, estes transplantes caíram em desuso ( embora tenham persistido durante o século XIV ) após a divulgação de repetidos fracassos e do reconhecimento do risco de transmissão de enfermidades ( especialmente sífilis