Hepatite C e a adesão ao tratamento
À TERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DA HEPATITE C
RESUMO
A hepatite C tem uma prevalência global de aproximadamente 3%, correspondendo a cerca de 170 milhões de indivíduos infectados.
Pelo seu impacto socioeconómico tem sido uma área em actualização constante, nomeadamente ao nível das novas terapêuticas.
Actualmente, o tratamento standard é a associação de peginterferão com ribavirina por um período de 24 a 72 semanas. O facto de ser um tratamento longo e que provoca inúmeros efeitos secundários leva, muitas vezes, à falta de adesão terapêutica por parte do doente e consequentemente, à diminuição da resposta do mesmo ao tratamento. Segundo Larrey et al (2011) “a educação terapêutica realizada por um enfermeiro especializado aumenta a resposta dos doentes com hepatite C ao tratamento, em especial nos doentes difíceis de tratar” [1].
Por este motivo, o estudo realizado teve como objectivos identificar os efeitos secundários com maior incidência nos doentes em tratamento para o vírus da hepatite C (VHC) e definir estratégias de intervenção para a sua gestão.
Foi realizado um estudo retrospectivo, com revisão dos registos médicos e de enfermagem existentes no processo clínico. A amostra deste estudo é constituída por todos os doentes que iniciaram o tratamento durante o ano de 2011 na consulta externa do Hospital
Prof. Dr. Fernando Fonseca, EPE. Os dados foram posteriormente analisados estatisticamente com o programa “SPSS” versão 20. Na amostra analisada (n=30) os efeitos secundários mais reportados estão inseridos no grupo das alterações gerais (93,3%), seguindo-se os distúrbios do metabolismo e da nutrição (76,7%) e em terceiro as alterações músculo-esqueléticas (66,7%), a par com as alterações do foro psiquiátrico.
As novas terapias na área da hepatite C procuram obter taxas de sucesso cada vez maiores e com menos efeitos secundários.
Actualmente, existem terapêuticas mais eficazes mas que ainda