Hemotrasnfusao

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INTRODUÇÃO A hemotransfusão é um procedimento comum, principalmente em pacientes gravemente enfermos em unidades de terapia intensiva. Mais de 11 milhões de unidades de sangue são utilizadas em hemotransfusões nos Estados Unidos a cada ano e mais de 70% dos pacientes que permanecem uma semana ou mais em unidade de terapia intensiva recebem concentrado de hemácias. Práticas recentes de triagem de doadores e processamento de hemocomponentes vêm tornando a hemotransfusão mais segura, porém riscos de transmissão de infecções virais e bacterianas, reações de hemólise, injúria pulmonar associada à transfusão, alterações imunomodulatórias e alterações na microcirculação ainda existem. Por tratar-se de procedimento não isento de riscos, o momento da indicação deve impor uma avaliação consciente dos potenciais riscos e benefícios. Estudos atuais buscam alternativas para reduzir a necessidade de uso de hemoderivados como: uso de eritropoetina para reduzir a hemotransfusão em crianças prematuras, o uso de hidroxiuréia em pacientes com anemia falciforme, coleta de sangue pré-operatória para realização de hemotransfusão autóloga durante um procedimento cirúrgico ou o uso de sangue do cordão umbilical em prematuros. A decisão de realizar uma hemotransfusão deve ser baseada não apenas em valores de hemoglobina, mas em uma combinação de fatores, incluindo o diagnóstico e o estado clínico atual do paciente. Alguns estudos demonstram que uma estratégia restritiva de hemotransfusões pode ser tão efetiva e até mesmo superior a uma estratégia liberal de hemotransfusões em pacientes severamente doentes. Ainda há entre os médicos grande variabilidade sobre os parâmetros de indicação de hemotransfusão. Novos critérios e guidelines são importantes para assegurar o uso racional dos hemoderivados. A literatura traz dados referentes à indicação de hemotransfusão em adultos. São limitados os estudos controlados para guiar a prática de hemotransfusão em pediatria.5As indicações de

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