Hemoterapia e o serviço de hemovigilancia
Manipulação de Hemocomponente
Em 1879, no Brasil, surgiu o primeiro relato acadêmico sobre Hemoterapia. Trata-se de uma tese de doutorado apresentada a Faculdade de medicina do Rio de Janeiro, de autoria de José Vieira Marcondes, mas que foi rejeitada por ser muito polêmica, pois discutia se a melhor transfusão de sangue seria de um animal para um homem ou entre dois seres humanos (BORDIN; COVAS; JÚNIOR, 2007).
Somente na década de 1940, no Rio de Janeiro e São Paulo, a Hemoterapia brasileira começou a se caracterizar como uma especialidade médica (HAMERSCHLAK; JUNQUEIRA; ROSENBLIT, 2005).
A transfusão sanguínea consiste na transferência de sangue total ou de um hemocomponente de um indivíduo a outro.
Na prática médica atual, utiliza-se a transfusão seletiva, cuja indicação a ser observada é a necessidade específica do cliente em relação ao hemocomponente a ser prescrito (FIDLARCZYK e SARAGOSA, 2008).
A transfusão sanguínea é um processo irreversível, capaz de promover riscos ou benefícios para o receptor (HARMENING, 2006).
As transfusões sanguíneas devem ser realizadas por profissional de saúde habilitado, qualificado e conhecedor das normas de segurança transfusional. O paciente deve ter seus sinais vitais verificados e registrados antes do início do procedimento e durante o transcurso do ato transfusional e deve ser periodicamente observado para possibilitar a detecção precoce de eventuais reações adversas (RDC 153/ 2004, MS).
São consideradas reações adversas os incidentes ocorridos durante a transfusão ou em até 24 horas após a mesma, conhecidos como imediatos; ou os que ocorrem após as 24 horas, depois da transfusão realizada, conhecidos como tardios.
Os incidentes imediatos podem se apresentar como febre, cefaléia, contraturas musculares, calafrio, náuseas e vômitos, dispnéia, cianose, urticária, prurido e hipotensão.
Já os incidentes tardios podem se apresentar com o desenvolvimento