hemorragias genitais
O sangramento vaginal é sempre um sinal de alerta e deve ser avaliado prontamente pelo médico. Pode ser de leve intensidade ou de grande monta comprometendo a gestação e a própria saúde da gestante, colocando a vida da mãe e do bebê em risco. Contudo, nem sempre uma hemorragia genital é de origem obstétrica, podendo estar associada à problemas especificamente ginecológicos, como tumorações no colo uterino, infecções vaginais ou oriundas de ectopia de colo uterino (alteração benigna e muito comum associada a modificação do padrão hormonal na gravidez).
Como a avaliação deve ser imediata, cabe ao médico identificar a origem do sangramento e prontamente utilizar de medidas para o seu controle, pensando sempre em preservar a saúde da mãe e do bebê.
A avaliação do sangramento vaginal tem como pilar principal calcular a idade gestacional. As causas de hemorragia genital são específicas de cada período da gravidez e a conduta médica a ser implementada depende do conhecimento preciso da mesma.
Dito isso, os sangramentos genitais são divididos em, de um lado, os de primeira metade de gestação (anterior à vigésima semana), e do outro lado, os de segunda metade (após à vigésima semana).
Ameaça de abortamento, abortamento retido, abortamento completo ou incompleto, abortamento infectado e abortamento em curso são todas entidades que acontecem na primeira metade da gravidez. Habitualmente, cursam com sangramento vaginal associado a dor em baixo ventre tipo cólica e o seu diagnóstico é basicamente realizado através da ultrassonografia.
Nos casos de ameaça de abortamento, as chances de manutenção da gravidez e excelente resultado existem, cabendo intervenção rápida do obstetra através de orientação sobre repouso e uso de medicações.
Dificilmente, a causa da ameaça ou do abortamento consumado será elucidada, mas a depender do caso, medidas de diagnóstico podem ser realizadas para uma programação futura de gravidez. Descolamento prematuro de placenta,