hemorragia digestiva alta
Alta
Introdução
A descrição dos pacientes que se apresentam com uma obstrução do intestino delgado data do terceiro ou quarto séculos, quando Praxágoras criou uma fístula enterocutânea para aliviar uma obstrução intestinal. Apesar deste sucesso com a terapia cirúrgica, o tratamento não cirúrgico destes pacientes com tentativas de redução de hérnias, laxativos, ingestão de metais pesados (exemplo, chumbo ou mercúrio) e sanguessugas para remover os agentes tóxicos do sangue era a regra até o final dos anos de 1800, quando a antissepsia e as técnicas cirúrgicas assépticas tornaram a intervenção cirúrgica mais segura e mais aceitável. Uma maior compreensão da fisiopatologia da obstrução intestinal e o emprego da ressuscitação com líquidos isotônicos, descompressão com sonda intestinal e antibióticos reduziram enormemente a taxa de mortalidade para os pacientes com uma obstrução intestinal mecânica.
No entanto, os pacientes com uma obstrução intestinal ainda representam alguns dos problemas mais difíceis que os cirurgiões enfrentam para o diagnóstico correto.
Anatomia
A função básica do intestino delgado é a digestão e absorção dos nutrientes uma vez que eles tenham deixado o estômago. Este processo depende de diversos fatores estruturais, fisiológicos, endócrinos e químicos. As secreções exócrinas provenientes do fígado e pâncreas possibilitam a digestão dos alimentos. A área superficial aumentada da mucosa do intestino delgado, então absorve estes nutrientes. Além da sua função na digestão e absorção, o intestino delgado é o maior órgão endócrino no corpo e é um dos mais importantes órgãos da função imune. Dado este papel essencial e à sua complexidade, é de surpreender que as doenças do intestino delgado não sejam tão frequentes.
Anatomia Macroscópica
Todo o intestino delgado, que se estende do piloro até o ceco mede 270 a 290 cm, com o comprimento duodenal sendo estimado em aproximadamente 20 cm, o comprimento jejunal