Hemograma
No nosso sangue circulam três tipos básicos de células, todas produzidas na medula óssea. São estas células que estudamos através do hemograma:
- Hemácias (glóbulos vermelhos).
- Leucócitos (glóbulos brancos).
- Plaquetas.
Os atuais valores de referência do hemograma foram estabelecidos na década de 1960, após observação de vários indivíduos sem doenças. O considerado normal é, na verdade, os valores que ocorrem em 95% da população sadia. 5% das pessoas sem problemas médicos podem ter valores do hemograma fora da faixa de referência (2,5% um pouco abaixo e outros 2,5% um pouco acima). Portanto, pequenas variações para mais ou para menos não necessariamente indicam alguma doença. Obviamente, quanto mais afastado um resultado se encontra do valor de referência, maior a chance disto verdadeiramente representar alguma patologia.
Não vou me ater muito em valores específico, uma vez que os laboratórios atualmente fazem essa contagem automaticamente através de máquinas, e os valores de referência sempre vêm impressos nos resultados. Cada laboratório tem o seu valor de referência próprio e, em geral, são todos muito semelhantes.
A- ERITROGRAMA
O eritrograma é a primeira parte do hemograma. É o estudo dos glóbulos vermelhos, ou seja, das hemácias, também chamadas de eritrócitos.
Vejam esse exemplo fictício abaixo. Lembre-se que os valores de referência podem variar entre laboratórios.
Exemplo de Hemograma – Parte do eritrograma
Os três primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito, são analisados em conjunto. Quando estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo número de glóbulos vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam policitemia, que é o excesso de hemácias circulantes.
O hematócrito é o percentual do sangue que é ocupado pelas hemácias. Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é compostos por hemácias. Os outros 55% são basicamente água e todas as outras substâncias diluídas. Pode-se notar, portanto, que