Hemoglobolina
1628 palavras
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Ministério da SaúdeDirecção-Geral da Saúde
Assunto:
Para:
Contacto na DGS:
Profilaxia da Isoimunização Rh
Circular Normativa
Nº: 2/DSMIA
DATA: 15/01/07
A todos os Estabelecimentos de Saúde que prestam cuidados às grávidas
Divisão de Saúde Materna, Infantil e dos Adolescentes
Durante a gravidez, o tecido que separa os vasos placentares (onde circula sangue do feto) do espaço interviloso (onde circula sangue materno) vai diminuindo de espessura, permitindo que as trocas de sangue entre mãe e feto vão aumentando até ao termo da gestação. A partir da 6ª semana de gravidez, quando o feto Rh + começa a ter antigénio Rh em circulação, é induzida a produção de anticorpos anti-D, nas grávidas Rh-, ficando estas sensibilizadas.
Numa futura gestação, a consequência desta sensibilização será a doença hemolítica perinatal
(DHPN), situação responsável por uma morbilidade e mortalidade perinatal significativa. A incompatibilidade do sistema Rh, entre mãe e feto, é responsável por 95% dos casos de DHPN; os restantes 5% estão relacionados com anticorpos irregulares que podem ocorrer mesmo nas grávidas
Rh +.
Em Portugal, tal como verificado a nível mundial, cerca de 15% das grávidas são Rh -. Mesmo na ausência de intercorrências, cerca de 2% dessas grávidas vão sensibilizar para o Rh antes do parto, e cerca de 16% vão fazê-lo durante o parto, se não houver profilaxia.
No Estudo epidemiológico dos óbitos no período perinatal alargado referente ao ano de 2004, verificaram-se 6 óbitos devidos a isoimunização Rh. Embora se desconheça exactamente o número de casos de morbilidade grave motivada pela mesma situação clínica, sabe-se que é muito maior que os casos de morte. Os estudos existentes na literatura são unânimes em considerar que a administração de
Imunoglobulina (Ig) anti-D às 28 semanas de gestação a mulheres Rh-, é uma intervenção eficaz na prevenção da DHPN, reduzindo o risco de isoimunização de 2 para 0,1%. A relação custobenefício é