Hemodialise
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Diálise Peritoneal
Roberto Pecoits-Filho
INTRODUÇÃO/HISTÓRICO A MEMBRANA PERITONEAL Anatomia do peritônio Fisiologia do peritônio durante a DP Patofisiologia do peritônio durante a DP SELEÇÃO, INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES CATETERES, IMPLANTE E PERÍODO DE ADAPTAÇÃO Implante do cateter Preparo pré-implante Período pós-implante Período de adaptação MODALIDADES DE DP ADEQUACIDADE
COMPLICAÇÕES Complicações infecciosas Peritonite Infecção de saída de cateter Falha de ultrafiltração Complicações mecânicas Complicações metabólicas GRUPOS ESPECIAIS DE PACIENTES NOVAS SOLUÇÕES DE DIÁLISE PERITONEAL E PERSPECTIVAS FUTURAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ENDEREÇOS RELEVANTES NA INTERNET
INTRODUÇÃO/HISTÓRICO
A Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC) é um método de diálise que usa o peritônio como membrana semipermeável para a depuração de toxinas urêmicas variadas. A diálise peritoneal (DP) adequada mantém o paciente portador de insuficiência renal crônica sem sintomas através da reposição parcial da função desempenhada pelos rins saudáveis. A diálise peritoneal remove solutos acumulados no sangue, como uréia, creatinina, potássio, fosfato e água, para o dialisado infundido na cavidade peritoneal. A membrana peritoneal, funcionando como um equivalente “natural” do capilar de hemodiálise, regula a troca de água e solutos entre os capilares do interstício peritoneal e o líquido de diálise infundido na cavidade peritoneal. A experiência inicial no tratamento da uremia pela diálise peritoneal ocorreu em 1923 com a instilação na cavi-
dade peritoneal de uma solução salina para manejo de um paciente com insuficiência renal aguda. Foi, no entanto, apenas em 1962 que Boen e cols., em Seattle, relataram a tentativa de uso da diálise peritoneal no manejo da insuficiência renal crônica. Peritonites e aderências que bloqueavam a via de introdução do cateter foram responsáveis pelo insucesso do programa. Em 1976, Popovich e cols. submeteram à American