Hematologia
Ck total
O diagnóstico precoce do infarto agudo do miocárdio (IAM) tem uma importância crítica para a sobrevivência do paciente. O grau de eficácia da terapia trombolítica depende da maior ou menor precocidade do diagnóstico do IAM. Pelo menos um de cada três IAM não são clinicamente reconhecidos, nem pelo paciente, nem pelo médico devido a dor torácica atípica ou a ausência da mesma.
Para modificar esta estatística, uma das maiores preocupações da atualidade nas salas de emergência dos hospitais em todo o mundo é o diagnóstico precoce e preciso dos IAM que não são detectados pelo eletrocardiograma (cerca de 50% segundo a Associação Americana de Cardiologia). Estes dados sugerem a necessidade de dispor de marcadores cardíacos no soro capazes de detectarem cada vez mais precocemente os danos causados no organismo pela necrose das células miocárdicas.
Segundo a OMS o IAM deve ser diagnosticado na presença de pelo menos dois dos critérios seguintes: dor torácica do tipo isquêmica, de mais de 20 minutos de duração; evolução típica das variações eletrocardiográficas sugestivas de IAM; elevação ou diminuição das enzimas cardíacas séricas, indicativos de necrose miocárdica.
Vários marcadores específicos surgiram nos últimos anos com esta finalidade. Após a lesão cardíaca, substâncias intracelulares passam para a circulação e suas concentrações no sangue dependem do tempo, da extensão, gravidade e caráter agudo das lesões celulares. A atividade enzimática e a concentração das proteínas na corrente sangüínea, refletem normalmente um quadro atual. A velocidade (tempo) de aparecimento e de eliminação de cada um dos marcadores cardíacos no sangue, é constante e específica, o que proporciona o estudo de suas sensibilidade e especificidade no diagnóstico. Além disso, a avaliação dos marcadores de injúria cardíaca é importante porque promove a confirmação do diagnóstico de IAM, proporciona um início precoce do tratamento adequado com, conseqüente