Helmintos
APOSTILA DE PARASITOLOGIA – Helmintos parte 1
Professora: Maria Eliza Cianciulli
HELMINTOS
Os primeiros registros de doenças causadas por vermes parasitários, ou helmintos, se encontram no papiro de Ebers, de 1500 a.C., em que se reconhecem descrições de tênias e lombrigas, estas últimas de incidência ainda bastante comum no Brasil e outros países do terceiro mundo no final do século XX.
Helmintos ou vermes são animais metazoários muitos dos quais parasitos que vivem em várias partes do corpo humano. Os helmintos podem-se classificar em três grandes grupos: nematódios, ou vermes cilíndricos; cestóides, ou vermes chatos; e trematódeos, providos de ventosas. Os helmintos podem multiplicar-se dentro ou fora do corpo do hospedeiro. Isso depende do ciclo vital específico de cada parasito. Os que parasitam o intestino do homem quase nunca produzem por si sós a morte do hospedeiro. Trazem, no entanto, malefícios ao organismo parasitado, muitas vezes debilitando-o perigosamente. Entre os helmintos intestinais mais comuns estão os oxiúros, os ascarídeos, os ancilóstomos e as tênias.
Teníase
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As tênias são vermes de corpo chato e largo, que vivem principalmente no intestino humano. Existem cerca de quarenta espécies, das quais as mais comuns no Brasil são a Taenia solium e a Taenia saginata. Em geral, o contágio se dá por ingestão de alimentos, que veiculam os ovos ou as larvas. Os vermes adultos vivem fixados pela extremidade cefálica à parede do intestino humano. Em geral só existe um exemplar infectante no intestino, razão por que esse verme é conhecido como "solitária". Sua vida, contudo, pode ser muito prolongada, às vezes até vinte anos, e pode produzir dez ou mais segmentos todos os dias, pelo que vez por outra alcança comprimento de até 10 metros. As Tênias possuem corpo segmentado composto por anéis, chamados proglótides ou proglotes. Habitualmente, para efeitos de esquematização,