helena de troia peça teatral
O ultrarromantismo foi um movimento literário português que aconteceu na segunda metade do século XIX.
Origem e descrição
O ultrarromantismo desenvolveu-se mormente em torno da cidade do Porto e de Coimbra por escritores jovens que viviam em uma "geração perdida" que levara ao exagero as normas e ideais preconizadas pelo romantismo, nomeadamente a exaltação da subjectividade, do individualismo, do idealismo amoroso, da natureza e do mundo medieval.
Os ultrarromânticos geram torrentes literárias de qualidade muito discutível, sendo algumas dela considerada como "romance de faca e alguidar", dada a sucessão de crimes sangrentos que invariavelmente descreviam e que os realistas vão caricaturar de forma feroz.
Existe, todavia literatura ultrarromântica de qualidade inquestionável. Além de João de Deus, são também autores ultrarromânticos Camilo Castelo Branco, Soares de Passos e Castilho. Em algumas obras de Almeida Garrett e de Alexandre Herculano é já possível detectar alguns traços de ultra-romantismo, apesar de serem dois dos introdutores do romantismo em Portugal.
Por outro lado Soares de Passos, uma figura bastante caricaturada pelos escritores realistas, considerado "um representante do ultrarromantismo piegas", foi autor de "Noivado do Sepulcro" (Poesias, 1855).1
Maiores autores
António Augusto Soares de Passos foi um poeta português que nasceu no Porto em 1826 e morreu na mesma cidade, em 1860. Os seus versos foram muito populares e caracterizavam-se por um sentimentalismo e por uma melancolia exacerbados. A poesia mais popular é "O Noivado do Sepulcro".
António Feliciano de Castilho, escritor português de formação neoclássica, acaba por se render às tendências do romantismo realizando diversas obras dentro deste estilo literário . Evidenciou-se essencialmente como figura de destaque na segunda geração romântica representando uma espécie de padrinho dos jovens poetas que iniciando a sua carreira recorriam à sua influência na